A Invepar, empresa que controla a GRU Airport, concessionária responsável pelo Aeroporto Internacional de Guarulhos, enfrenta uma crise financeira que pode levá-la a solicitar recuperação judicial. Com uma dívida de R$ 1,5 bilhão, a companhia busca alternativas para reestruturar seus compromissos e evitar um colapso financeiro.

Crise e Dívidas Acumuladas

A Invepar, que tem como acionistas os fundos de previdência Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras) e Funcef (Caixa), além do FIP Yosemite, da gestora Monte Capital, enfrenta dificuldades para cumprir suas obrigações financeiras. A empresa já obteve uma proteção judicial contra credores, que vence em 16 de junho de 2025, e agora avalia formalizar um pedido de recuperação judicial.

Entre os principais credores da Invepar estão bancos como Bradesco, Itaú e Banco do Brasil, além de investidores que detêm debêntures da companhia. A empresa também enfrenta litígios relacionados à concessão da Lamsa, responsável pela administração da Linha Amarela no Rio de Janeiro, que pode impactar ainda mais sua situação financeira.

Impacto no Aeroporto de Guarulhos

Apesar da crise financeira da Invepar, a participação da empresa no Aeroporto de Guarulhos não será incluída na recuperação judicial, caso o pedido seja formalizado. A Mubadala Capital, gestora de investimentos do fundo soberano de Abu Dhabi, que já demonstrou interesse no aeroporto, acompanha de perto a situação.

O Aeroporto de Guarulhos é o maior do Brasil em número de passageiros e movimentação de cargas, sendo um dos principais hubs da América Latina. Qualquer instabilidade na gestão da concessionária pode gerar preocupações sobre a continuidade dos serviços e investimentos no terminal.

Próximos Passos

A decisão sobre o pedido de recuperação judicial será votada em uma assembleia-geral extraordinária marcada para 12 de junho de 2025. Caso seja aprovado, a Invepar terá que apresentar um plano de reestruturação para negociar suas dívidas e garantir a continuidade de suas operações.

O mercado acompanha de perto os desdobramentos dessa crise, que pode impactar não apenas a gestão do aeroporto, mas também o setor de infraestrutura no Brasil. A Invepar afirma que está trabalhando para encontrar soluções e garantir a melhor composição dos interesses junto aos credores

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