A província de Sweida, no sul da Síria, vive um momento decisivo após o anúncio de um novo cessar-fogo entre o governo interino de Ahmed al-Sharaa e líderes religiosos da comunidade drusa. A medida surge em meio a uma escalada de violência que já deixou mais de 500 mortos desde o início dos confrontos, incluindo civis, combatentes drusos, forças governamentais e vítimas de bombardeios israelenses.
Contexto do conflito
- A crise teve início com tensões entre drusos e tribos beduínas apoiadas por forças do governo.
- Israel interveio alegando proteger a minoria drusa, realizando ataques aéreos contra Sweida e Damasco.
- O governo sírio acusa Israel de tentar desestabilizar o país e dividir sua população.
O acordo de cessar-fogo
- O Ministério do Interior sírio confirmou o acordo, que inclui a instalação de postos de controle de segurança em Sweida.
- O presidente al-Sharaa anunciou a retirada das tropas governamentais e transferiu a responsabilidade pela segurança local às facções drusas e seus líderes religiosos.
- A decisão foi tomada para evitar uma “guerra aberta” com Israel e preservar a estabilidade regional.
Reações internacionais
- Estados Unidos, Turquia e países árabes mediaram o acordo, buscando evitar uma escalada militar.
- A ONU condenou os ataques contra civis e pediu respeito à soberania síria.
- A União Europeia expressou preocupação e apoio à trégua negociada.
Quem são os drusos?
- Os drusos são uma minoria religiosa de origem islâmica xiita, com cerca de 1 milhão de membros, concentrados na Síria, Líbano e Israel.
- Praticam uma fé esotérica que não permite conversões nem casamentos inter-religiosos.
Este novo cessar-fogo representa uma tentativa de restaurar a paz em uma região marcada por décadas de conflito. Resta saber se as partes envolvidas conseguirão manter o compromisso e evitar novos episódios de violência.