Na madrugada de quinta-feira, Kiev foi palco de um dos ataques mais letais desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022. Segundo o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, o número de mortos subiu para 31, incluindo cinco crianças, sendo a mais jovem com apenas dois anos. Além disso, 159 pessoas ficaram feridas, entre elas 16 crianças, em um bombardeio que devastou bairros residenciais e estruturas civis.
Ataque massivo e calculado
O Exército russo lançou 309 drones e oito mísseis hipersônicos Iskander contra Kiev, atingindo mais de 27 áreas em quatro distritos da capital. Um prédio residencial de nove andares desabou, e mais de 100 edifícios foram danificados, incluindo uma mesquita. Zelensky classificou o ataque como “desprezível” e “deliberadamente calculado para sobrecarregar o sistema de defesa aérea”.
Julho: o mês mais intenso da guerra
Zelensky revelou que, apenas em julho, a Rússia lançou mais de 3.800 drones Shahed, cerca de 260 mísseis e mais de 5.100 bombas planadoras contra a Ucrânia. Isso representa uma média diária de 131 drones e mísseis e 164 bombas planadoras, marcando o mês como o mais violento desde o início do conflito.
Reações internacionais e apelos por sanções
O ataque provocou forte reação internacional. A União Europeia condenou o bombardeio, e a Alemanha anunciou o envio de baterias antimísseis Patriot para reforçar a defesa ucraniana. Zelensky convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, pedindo mais sanções econômicas e apoio militar para conter a ofensiva russa.
Um apelo por paz
Em meio ao luto e à destruição, Zelensky reforçou seu apelo por uma resposta global coordenada. “Putin rejeita os esforços de paz e quer prolongar sua guerra. O mundo tem a força necessária para detê-lo”, afirmou o presidente ucraniano.
Este ataque não apenas expõe a brutalidade da guerra, mas também levanta questões urgentes sobre a eficácia das defesas aéreas, o impacto sobre civis e a necessidade de uma ação internacional mais firme. A Ucrânia segue resistindo, mas o custo humano da guerra continua a crescer.