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Maduro convoca 4,5 milhões de milicianos diante de supostas ameaças dos EUA

Publicada em: 19/08/2025 10:38 -

Em um movimento que reacende tensões geopolíticas na América Latina, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos em resposta ao que classificou como “ameaças persistentes” por parte dos Estados Unidos. A declaração foi feita durante um evento oficial transmitido pela televisão estatal, onde Maduro exaltou o papel das milícias bolivarianas como “força defensiva do povo” e “garantia da soberania nacional”.

Contexto da mobilização

• Milícias bolivarianas: Criadas em 2009 por Hugo Chávez, as milícias são compostas por civis armados e treinados para atuar em apoio às Forças Armadas. Embora não tenham o mesmo status que o Exército, são vistas como um braço ideológico e territorial do governo.

• Escalada retórica: Maduro acusou Washington de fomentar instabilidade na região e de apoiar “planos golpistas” contra seu governo. Sem apresentar provas concretas, o líder venezuelano afirmou que a mobilização é uma “resposta legítima” às tentativas de desestabilização.

• Reação internacional: Até o momento, o governo dos EUA não respondeu oficialmente à declaração. Analistas internacionais, no entanto, apontam que a medida pode ser interpretada como uma estratégia de fortalecimento interno diante de uma economia fragilizada e crescente pressão social.

 Implicações políticas e sociais

A convocação em massa de milicianos levanta preocupações sobre o uso de forças paralelas para fins políticos. Organizações de direitos humanos alertam para o risco de militarização da sociedade civil e para possíveis abusos cometidos por grupos armados não regulados.

Além disso, a medida pode ter impacto direto nas eleições previstas para o próximo ano, já que o governo busca consolidar sua base popular em meio a uma crise prolongada. A mobilização também serve como demonstração de força num momento em que Maduro enfrenta sanções internacionais e isolamento diplomático.

Conclusão

A decisão de Nicolás Maduro de mobilizar milhões de milicianos representa mais do que uma resposta a ameaças externas: é um gesto simbólico de resistência e reafirmação do poder estatal. No entanto, ela também aprofunda a polarização interna e externa, colocando a Venezuela novamente sob os holofotes da política internacional.

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