Em um anúncio histórico feito pelo Comitê Norueguês do Nobel em Oslo, nesta sexta-feira, 10 de outubro de 2025, a líder da oposição venezuelana María Corina Machado foi laureada com o Prêmio Nobel da Paz. A premiação reconhece sua trajetória marcada pela resistência pacífica, coragem política e defesa inabalável dos direitos democráticos do povo venezuelano.
Uma trajetória de resistência democrática
María Corina Machado é engenheira, ex-deputada e fundadora da organização Súmate, voltada à promoção de eleições livres e justas. Ao longo das últimas duas décadas, ela se destacou como uma das vozes mais firmes contra o autoritarismo do regime de Nicolás Maduro. Em 2023, anunciou sua candidatura à presidência da Venezuela, mas foi impedida de concorrer por decisões judiciais alinhadas ao governo. Mesmo diante de ameaças à sua segurança, optou por permanecer no país e apoiar a candidatura alternativa da oposição.
Reconhecimento internacional
O Comitê Nobel destacou que Machado “uniu a oposição venezuelana, nunca hesitou em resistir à militarização da sociedade e tem sido firme no apoio a uma transição pacífica para a democracia”. Sua atuação foi considerada um exemplo de coragem cívica e liderança ética em tempos de repressão. A escolha de Machado para o Nobel da Paz também representa um gesto simbólico de apoio à luta democrática na América Latina.
Repercussão global
A premiação gerou forte repercussão internacional. Diversos líderes políticos, organizações de direitos humanos e cidadãos celebraram a escolha como um marco para a resistência democrática na região. No Brasil, políticos da oposição elogiaram a decisão, destacando o contraste entre o reconhecimento internacional de Machado e o apoio de alguns governos latino-americanos ao regime de Maduro.
Legado e esperança
Ao receber o prêmio, María Corina Machado declarou estar “em choque”, mas reafirmou seu compromisso com a liberdade e a justiça para todos os venezuelanos. Seu legado inspira não apenas seus compatriotas, mas também movimentos democráticos em todo o mundo. O Nobel da Paz de 2025 é mais do que uma homenagem pessoal — é um chamado à solidariedade global com aqueles que enfrentam regimes autoritários em busca de um futuro mais justo.
