Na madrugada desta quarta-feira (22), a Ucrânia foi alvo de um dos maiores ataques aéreos desde o início da guerra, com a Rússia lançando mais de 400 mísseis e drones contra diversas regiões do país. O bombardeio deixou ao menos sete mortos — entre eles duas crianças — e dezenas de feridos, segundo autoridades ucranianas.
Alvos civis e infraestrutura atingidos
O ataque, descrito como "massivo" pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, atingiu áreas residenciais, instalações civis e infraestrutura energética. Um jardim de infância em Kharkiv foi diretamente atingido, forçando a evacuação de crianças e funcionários em meio aos escombros.
As regiões mais afetadas incluem a capital Kiev, Kharkiv (leste), Sumy (nordeste), Odessa (sul), Chernigov (norte) e Dnipro (centro-leste). Em várias dessas localidades, houve cortes de energia generalizados, agravando ainda mais a situação da população civil.
Escalada após impasse diplomático
O ataque ocorreu poucas horas após a suspensão de um possível novo encontro entre os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin, que discutiriam alternativas para encerrar o conflito, prestes a completar quatro anos. A suspensão das negociações foi vista por analistas como um sinal de endurecimento das posições de ambos os lados.
Reações internacionais
Zelensky classificou o ataque como "um ato de terror deliberado contra civis" e pediu uma resposta mais firme da comunidade internacional. Ele também renovou os apelos por sistemas de defesa aérea adicionais e sanções mais severas contra Moscou.
Enquanto isso, líderes europeus e representantes da ONU condenaram o bombardeio, destacando a necessidade urgente de proteger civis e buscar uma solução diplomática para o conflito.
Um padrão de violência crescente
Este ataque se soma a uma série de ofensivas intensificadas nas últimas semanas, sugerindo uma nova fase da guerra marcada por maior agressividade e menor disposição para o diálogo. A utilização combinada de 405 drones e 28 mísseis, segundo a Força Aérea da Ucrânia, demonstra a capacidade russa de manter pressão constante sobre o território ucraniano.
