...

...

Nenhuma programação no momento
No ar: ...

...

Quem são ‘Mijão’, ‘Dragão’ e ‘Diabo Loiro’: os nomes por trás da operação que mira o núcleo financeiro do PCC

Publicada em: 31/10/2025 11:31 -

Uma megaoperação deflagrada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e pela Polícia Militar revelou os bastidores de um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior facção criminosa do Brasil. Entre os principais alvos estão três figuras conhecidas no submundo do crime: Sérgio Luiz de Freitas Filho, o “Mijão”; Eduardo Magrini, o “Diabo Loiro”; e um terceiro suspeito identificado como “Dragão”, cuja identidade ainda está sob investigação.

Sérgio Luiz de Freitas Filho — “Mijão”, “Xixi” ou “2X”

Considerado o principal chefe em liberdade do PCC, “Mijão” é apontado como um dos articuladores da chamada sintonia final, o núcleo estratégico da facção responsável por decisões de alto nível. Ele é suspeito de planejar uma emboscada para assassinar um promotor do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em Campinas. Seu filho, Sérgio Luiz de Freitas Neto, foi preso na operação, acusado de atuar como intermediário financeiro para o pai.

Eduardo Magrini — “Diabo Loiro”

Com uma vida marcada por ostentação, viagens pela Europa e carros de luxo, “Diabo Loiro” é apontado como um dos operadores financeiros do PCC. Ele usava empresas de fachada, especialmente no setor de veículos e imóveis, para ocultar recursos oriundos do tráfico de drogas. Magrini já figurou em listas de procurados e é considerado peça-chave na engrenagem de lavagem de dinheiro da facção.

“Dragão”

Menos conhecido publicamente, “Dragão” também é alvo da operação e está ligado a transações suspeitas envolvendo imóveis de alto padrão. Sua identidade completa ainda não foi divulgada, mas documentos obtidos pelo MP-SP indicam que ele atuava como elo entre empresários e membros da facção, facilitando a movimentação de grandes somas de dinheiro.

 

A operação e seus desdobramentos

Batizada de Linha Vermelha e Pronta Resposta, a ação envolveu o cumprimento de nove mandados de prisão preventiva, bloqueio de 12 imóveis de luxo e apreensão de documentos e veículos. Seis suspeitos foram presos, um morreu em confronto com a polícia e um agente ficou ferido.

A investigação revelou que o PCC já atua em pelo menos 28 países, incluindo Japão e Turquia, e que seus líderes mantêm uma rede internacional de lavagem de dinheiro. A operação representa um duro golpe na estrutura financeira da facção, mas também evidencia sua capacidade de adaptação e expansão.

O Ministério Público segue com as investigações para identificar outros envolvidos e rastrear os bens adquiridos com dinheiro ilícito. A expectativa é que novas fases da operação sejam deflagradas nos próximos meses, com foco em empresários e políticos que possam ter colaborado com o esquema.

A ação reforça a importância da cooperação entre órgãos de segurança e inteligência para enfrentar o crime organizado, que se mostra cada vez mais sofisticado e transnacional. Enquanto isso, nomes como “Mijão”, “Diabo Loiro” e “Dragão” deixam de ser apenas apelidos e passam a simbolizar o poder oculto por trás da violência urbana.

Compartilhe:
COMENTÁRIOS
Comentário enviado com sucesso!
Carregando...