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Oposição e governo medem forças na CPI do Crime Organizado, instalada no Senado em meio à pressão por respostas sobre segurança pública

Publicada em: 04/11/2025 10:28 -

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado foi oficialmente instalada no Senado Federal nesta terça-feira, 4 de novembro de 2025, marcando o início de um novo capítulo na disputa entre governo e oposição sobre o controle da narrativa em torno da segurança pública. A comissão surge após a repercussão da megaoperação policial no Rio de Janeiro que resultou na morte de 121 pessoas nos Complexos do Alemão e da Penha.

Composição e equilíbrio político

A CPI será composta por 11 membros titulares e 7 suplentes, com nomes de peso tanto do governo quanto da oposição. O relator será o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), autor do requerimento que criou o colegiado. Ainda não há definição sobre quem presidirá a comissão, decisão que será tomada na sessão de instalação.

A oposição, liderada por senadores do PL, União Brasil e PP, busca usar a CPI como plataforma para pressionar o governo Lula sobre sua política de segurança pública. Já o governo tenta manter o controle da pauta e evitar que a comissão se transforme em um palco de desgaste político.

Foco da investigação

O objetivo da CPI é investigar o crescimento das facções criminosas e milícias, com atenção especial ao Comando Vermelho (CV) e ao Primeiro Comando da Capital (PCC). O colegiado terá prazo de 120 dias para apurar o funcionamento, financiamento e expansão dessas organizações.

Estados como o Mato Grosso do Sul, apontado como rota de tráfico de drogas e armas, devem ganhar destaque nas investigações. Senadores da bancada sul-mato-grossense, como Tereza Cristina (PP), Soraya Thronicke (Podemos) e Nelsinho Trad (PSD), articulam participação ativa na comissão.

Segurança pública como ponto sensível

A instalação da CPI ocorre em um momento em que a segurança pública volta ao centro do debate nacional. A operação no Rio de Janeiro e a pressão da opinião pública colocaram o governo em posição delicada. A oposição pretende explorar esse cenário para cobrar ações mais duras e rápidas, enquanto o governo busca equilibrar medidas de repressão com políticas sociais.

O que esperar

A CPI do Crime Organizado promete ser um espaço de embate político intenso. Com a polarização entre esquerda e direita refletida na composição da comissão, é provável que os trabalhos sejam marcados por disputas narrativas, tentativas de responsabilização e busca por protagonismo midiático.

Ao mesmo tempo, há expectativa de que a comissão possa produzir diagnósticos relevantes sobre o avanço do crime organizado no Brasil e propor soluções legislativas para enfrentar o problema.

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