Na manhã desta sexta-feira (7), Belém do Pará foi palco de um dos momentos mais simbólicos da diplomacia internacional: a tradicional foto de família da Cúpula de Líderes da pré-COP30. O registro reuniu mais de 50 chefes de Estado, primeiros-ministros e representantes de alto escalão de cerca de 140 países, em um gesto de unidade diante dos desafios climáticos globais.
Um retrato da diversidade e da urgência climática
A imagem, feita no segundo dia da Cúpula, simboliza o início da reta final de negociações antes da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada oficialmente entre os dias 10 e 21 de novembro. No centro da foto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece ladeado por líderes como Gabriel Boric (Chile), Keir Starmer (Reino Unido) e representantes da União Africana e do Sudeste Asiático.
A ausência de figuras como Donald Trump (EUA) e Javier Milei (Argentina), que optaram por não comparecer, também chamou atenção e foi interpretada como um sinal das divisões políticas em torno da pauta ambiental.
Belém como símbolo da Amazônia e da transição ecológica
A escolha de Belém como sede da pré-COP30 e da futura COP30 em 2026 não é apenas geográfica, mas profundamente simbólica. Localizada no coração da Amazônia, a cidade representa os desafios e as soluções possíveis para a crise climática. A floresta amazônica, considerada um dos principais reguladores climáticos do planeta, esteve no centro dos discursos e compromissos firmados durante o encontro.
O presidente Lula destacou a importância de uma transição energética justa e do cumprimento das metas do Acordo de Paris. Ele também reforçou o papel do Brasil como articulador entre países em desenvolvimento e desenvolvidos, buscando equilíbrio entre preservação ambiental e justiça social.
Diálogo multilateral e compromissos concretos
Além da foto, a Cúpula contou com sessões temáticas sobre financiamento climático, proteção de biomas e energias renováveis. Líderes discutiram mecanismos para ampliar o acesso a recursos do Fundo Verde para o Clima e estratégias para conter o desmatamento ilegal até 2030.
A presença de representantes de países insulares, africanos e latino-americanos reforçou a urgência de ações coordenadas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, especialmente nas regiões mais vulneráveis.
