Mulheres que caminhavam pela trilha do Matadeiro, em Florianópolis, desempenharam papel decisivo na investigação do feminicídio de Catarina Kasten. As imagens que elas registraram do suspeito ajudaram a polícia a identificar e prender o autor do crime, que confessou o assassinato.

O caso que chocou Florianópolis

Na manhã de sexta-feira, 21 de novembro de 2025, a professora e estudante de pós-graduação Catarina Kasten, de 31 anos, saiu de casa para uma aula de natação. Horas depois, seu corpo foi encontrado em uma área de mata na trilha do Matadeiro, no Sul da Ilha. O laudo da Polícia Científica confirmou que ela morreu por asfixia decorrente de estrangulamento e apontou indícios de violência sexual.

O crime gerou comoção em Santa Catarina e levantou debates sobre segurança em áreas de lazer e proteção às mulheres.

O papel das testemunhas

Enquanto caminhavam pela trilha, duas mulheres turistas perceberam a atitude suspeita de um jovem e decidiram fotografá-lo. As imagens foram entregues à polícia e se tornaram fundamentais para a investigação.

Graças a esse registro, os agentes conseguiram identificar o suspeito como Giovane Correa Mayer, de 21 anos, que foi preso em flagrante ainda no mesmo dia. Durante o interrogatório, ele confessou o crime e afirmou não conhecer Catarina.

Histórico do suspeito

Após a prisão, veio à tona que Mayer já havia sido investigado em 2022 por um caso de estupro contra uma idosa de 69 anos. Na época, ele foi ouvido apenas como testemunha, mas o inquérito não apontou culpados. Com o feminicídio de Catarina, o caso anterior será reaberto pela Polícia Civil.

Repercussão social

• A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde Catarina estudava, organizou atos públicos em sua memória e pediu mais segurança para mulheres na cidade.

• Movimentos sociais e coletivos feministas destacaram a importância da denúncia e da vigilância comunitária em espaços públicos.

• A prisão do autor trouxe algum alívio, mas o episódio reforçou a necessidade de políticas de prevenção e proteção contra a violência de gênero.

Conclusão

O feminicídio de Catarina Kasten expõe de forma brutal a vulnerabilidade das mulheres em espaços públicos e a urgência de medidas de segurança. Ao mesmo tempo, mostra como a atitude corajosa de testemunhas comuns — neste caso, duas mulheres que decidiram fotografar um suspeito — pode ser decisiva para a justiça.