Mais de 300 voos foram cancelados nos aeroportos de São Paulo desde quarta-feira, após um vendaval histórico que atingiu a região. Só nesta quinta-feira, 11 de dezembro, foram suspensas cerca de 100 operações, deixando milhares de passageiros sem alternativas imediatas.
O impacto nos principais terminais
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Congonhas: registrou 31 chegadas e 15 partidas canceladas apenas nesta quinta. Desde quarta, o total ultrapassa 200 suspensões.
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Guarulhos: contabilizou 15 partidas e 39 chegadas canceladas na manhã desta quinta, somando mais de 100 voos afetados desde o início da crise.
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Passageiros enfrentaram filas intermináveis, dormiram em bancos e relataram falta de informações claras das companhias aéreas.
A força do vendaval
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Meteorologistas classificaram o episódio como inédito, já que as rajadas de vento chegaram a quase 100 km/h sem a presença de chuva ou tempestades.
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O fenômeno foi associado a um ciclone extratropical, que provocou instabilidade em toda a região Sudeste.
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A ventania derrubou árvores, danificou estruturas urbanas e comprometeu a segurança das operações aéreas.
Reflexos em outros estados
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O efeito cascata atingiu aeroportos no Rio de Janeiro (Galeão e Santos Dumont), em Brasília e em capitais do Sul e Nordeste.
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Voos para destinos como Porto Alegre, Salvador, Recife e Manaus foram diretamente impactados.
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Passageiros em diferentes cidades relataram atrasos e cancelamentos em função da paralisação em São Paulo.
Reação das companhias e autoridades
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As empresas aéreas afirmaram que estão oferecendo reacomodação e assistência aos passageiros, mas muitos reclamaram da falta de suporte adequado.
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A Infraero e a GRU Airport reforçaram que a prioridade é garantir a segurança das operações, justificando os cancelamentos pela intensidade das rajadas.
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Especialistas destacam que o episódio expõe a vulnerabilidade da infraestrutura aeroportuária diante de eventos climáticos extremos.
Consequências econômicas e sociais
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O setor de turismo e negócios foi diretamente afetado, com reuniões, eventos e viagens canceladas.
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Hotéis próximos aos aeroportos registraram aumento súbito na procura, enquanto aplicativos de transporte relataram alta demanda.
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Analistas apontam que o episódio pode servir de alerta para a necessidade de planos de contingência mais robustos em situações climáticas adversas.
O vendaval histórico que atingiu São Paulo não apenas paralisou os dois maiores aeroportos do país, mas também expôs a fragilidade da malha aérea diante de fenômenos climáticos extremos. Com mais de 300 voos cancelados em menos de 48 horas, o episódio reforça a urgência de estratégias de resiliência e comunicação eficaz para minimizar os impactos sobre passageiros e sobre a economia nacional.
