Os Estados Unidos vetaram, na quarta-feira (4), uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que exigia um cessar-fogo "imediato, incondicional e permanente" entre Israel e o grupo Hamas na Faixa de Gaza. A proposta recebeu apoio de 14 dos 15 países-membros, mas foi bloqueada pelo veto norte-americano.
Motivos do Veto
A embaixadora interina dos EUA na ONU, Dorothy Shea, justificou a decisão afirmando que a resolução não condenava o Hamas nem exigia o desarmamento do grupo. Segundo Washington, o texto poderia minar os esforços diplomáticos para um cessar-fogo que refletisse a realidade no terreno e encorajaria o Hamas.
Além disso, autoridades norte-americanas criticaram o fato de a resolução não estar vinculada à libertação de reféns mantidos pelo Hamas em Gaza. O governo dos EUA tem sido um dos principais aliados de Israel no conflito e já havia vetado propostas semelhantes anteriormente.
Reações Internacionais
O veto gerou críticas de diversos países e organizações internacionais. O texto da resolução descrevia a situação em Gaza como "catastrófica", exigindo o fim das restrições à entrada de ajuda humanitária no território. A crise humanitária na região se agrava, com relatos de risco de fome generalizada e dificuldades na distribuição de suprimentos essenciais.
Israel, por sua vez, rejeita um cessar-fogo incondicional e afirma que o Hamas não pode permanecer na Faixa de Gaza. O país retomou sua ofensiva militar em março, após o fim de uma trégua de dois meses, com o objetivo de resgatar reféns mantidos pelo grupo.
Impacto no Conflito
O veto dos EUA reforça a posição do país de apoio a Israel e sua estratégia militar na região. Enquanto isso, a população civil em Gaza continua sofrendo com os bombardeios e a escassez de recursos, aumentando a pressão internacional por uma solução diplomática.
A decisão norte-americana evidencia as divisões dentro do Conselho de Segurança da ONU e a dificuldade de alcançar um consenso sobre o conflito. Com o impasse, a guerra em Gaza segue sem previsão de um desfecho pacífico.
