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INSS suspende contratos com Crefisa após denúncias de coação e venda casada: medida visa proteger aposentados

Publicada em: 21/08/2025 10:50 -

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) anunciou nesta quinta-feira a suspensão preventiva dos contratos com a financeira Crefisa, responsável pelo pagamento de benefícios previdenciários em grande parte do país. A decisão foi tomada após o órgão identificar uma série de irregularidades graves, incluindo coação de aposentados, venda casada de produtos financeiros e falhas no atendimento.

 A suspensão e seus impactos

A medida cautelar afeta exclusivamente os novos pagamentos de benefícios — como aposentadorias, pensões e auxílios — que seriam realizados pela Crefisa. Os beneficiários que já recebem seus valores por meio da empresa não serão impactados, segundo o INSS.

A suspensão ocorre menos de um ano após a Crefisa vencer 25 dos 26 lotes no leilão realizado pelo INSS para definir os operadores financeiros responsáveis pelos pagamentos entre 2025 e 2029. Com isso, a empresa havia se tornado a principal pagadora de benefícios previdenciários no país.

 Irregularidades identificadas

De acordo com o despacho publicado no Diário Oficial da União, as principais irregularidades incluem:

• Coação de aposentados e pensionistas para abertura de contas e contratação de produtos financeiros.

• Venda casada, prática ilegal que obriga o consumidor a adquirir serviços adicionais para ter acesso ao benefício.

• Portabilidades indevidas, realizadas sem autorização dos beneficiários.

• Falta de estrutura nas agências, como filas extensas, ausência de caixas eletrônicos e espaços inadequados.

• Atendimento precário, com falta de informações claras e ausência de triagem adequada.

As denúncias partiram de diversos canais, incluindo ouvidorias, Procons, Ministério Público Federal e manifestações da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

INSS reforça compromisso com segurados

Em nota oficial, o INSS afirmou que “não compactua com práticas que acarretem prejuízos ou desconfortos aos beneficiários, especialmente àqueles em situação de vulnerabilidade social”. A suspensão, segundo o órgão, é necessária para “cessar as irregularidades e salvaguardar o interesse público, até a conclusão definitiva dos processos de apuração”.

 

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