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Moradora denuncia falta de atendimento e medicamentos em UBS de Guarulhos, evidenciando crise na saúde pública

Publicada em: 28/10/2025 11:35 -

Uma denúncia feita por uma moradora de Guarulhos expôs mais uma vez os desafios enfrentados pela população no acesso à saúde pública municipal. Segundo o relato, a Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro onde vive está sem médicos disponíveis para atendimento e sofre com a escassez de medicamentos essenciais. O caso, divulgado pelo portal GuarulhosWeb, reacende o debate sobre a precariedade dos serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade.

Falta de profissionais e medicamentos

A moradora, que preferiu não se identificar, relatou que buscou atendimento médico na UBS local, mas foi informada de que não havia clínico geral disponível. Além disso, ao tentar retirar medicamentos prescritos anteriormente, foi surpreendida pela ausência de estoque. Segundo ela, funcionários da unidade confirmaram que a falta de remédios tem sido recorrente e afeta diversos pacientes, especialmente os que dependem de tratamentos contínuos para hipertensão, diabetes e outras doenças crônicas.

A situação não é isolada. Desde o fim de 2024, Guarulhos enfrenta uma crise na saúde pública após o encerramento do contrato com a Organização Social responsável por cerca de 300 médicos que atuavam nas unidades municipais. A não renovação do acordo levou à suspensão de atendimentos em diversas UBSs e Centros de Especialidades Médicas (CEMEGs), deixando milhares de moradores sem acesso a consultas, exames e medicamentos.

Repercussão e medidas

A denúncia da moradora se soma a outras manifestações de insatisfação que vêm sendo registradas por ativistas e usuários do SUS em Guarulhos. Em setembro, a ativista Angélica Torquato acionou o Ministério Público para denunciar a falta de médicos infectologistas no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), evidenciando o impacto da crise em áreas sensíveis como o atendimento a pacientes com HIV.

Diante do cenário, a nova gestão da prefeitura prometeu normalizar os serviços em até 60 dias, mas moradores seguem enfrentando dificuldades. A Ouvidoria-Geral do SUS, vinculada ao Ministério da Saúde, tem sido acionada por cidadãos em busca de respostas e soluções para os problemas enfrentados.

Um reflexo da fragilidade estrutural

A crise na saúde pública de Guarulhos revela uma fragilidade estrutural que vai além da falta de médicos e medicamentos. Ela aponta para a necessidade urgente de revisão nos modelos de gestão, maior transparência nos contratos com organizações sociais e investimentos contínuos na infraestrutura das unidades de saúde.

Enquanto isso, moradores como a denunciante seguem enfrentando obstáculos para garantir um direito básico: o acesso à saúde. A expectativa é que as autoridades locais acelerem medidas emergenciais e apresentem soluções duradouras para evitar que episódios como esse se tornem rotina.

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