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Imagens revelam traficantes fortemente armados antes de megaoperação nos complexos do Alemão e Penha

Publicada em: 30/10/2025 10:46 -

Vídeos captados por drones da polícia mostram 23 traficantes reunidos no alto do Complexo da Penha, fortemente armados e vestidos com roupas camufladas, momentos antes da megaoperação realizada em 28 de outubro de 2025.

 

Reunião de líderes do crime antes da ofensiva

Na madrugada da última terça-feira, imagens aéreas registradas por drones da Polícia Civil revelaram uma cena alarmante: 23 homens armados, alguns com uniformes semelhantes aos das forças de segurança, reunidos no alto do Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A gravação ocorreu por volta das 6h da manhã, pouco antes da fuga dos criminosos pela mata da Serra da Misericórdia, que separa os complexos da Penha e do Alemão.

Segundo as autoridades, entre os presentes estavam líderes do Comando Vermelho e criminosos vindos de outros estados, como Goiás, Espírito Santo, Bahia, Ceará e Amazonas. A presença de figuras de alto escalão do tráfico reforça a tese de que a reunião era estratégica, possivelmente para coordenar ações diante da iminente operação policial.

 

Operação planejada com dois meses de antecedência

A megaoperação, considerada uma das mais letais da história do Rio, foi planejada por quase dois meses. A investigação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) levou à expedição de dezenas de mandados de prisão. A estratégia envolveu o uso de efetivos espalhados pelas comunidades para empurrar os traficantes em direção à mata, dificultando a fuga e facilitando a captura.

Durante a ação, quatro policiais perderam a vida, o que reacendeu o debate sobre os riscos enfrentados pelas forças de segurança em incursões em áreas dominadas pelo tráfico.

 

Tecnologia como aliada da investigação

Além das imagens de drone, o Ministério Público do Rio de Janeiro utilizou mensagens de WhatsApp e vídeos como provas para detalhar a estrutura do Comando Vermelho. A denúncia formal acusa 69 pessoas de associação para o tráfico, e apresenta um organograma da facção com funções específicas para cada integrante.

Entre os nomes citados está Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca ou Urso, apontado como principal liderança do CV no Complexo da Penha e em outras comunidades da capital fluminense.

 

Repercussão e próximos passos

A divulgação das imagens gerou forte repercussão nas redes sociais e na imprensa, evidenciando o nível de organização e poder bélico das facções criminosas. A operação também reacendeu discussões sobre a classificação de grupos como o Comando Vermelho e o PCC como organizações terroristas, proposta que vem sendo pressionada por governadores de oposição.

Enquanto as investigações continuam, as forças de segurança prometem novas ações coordenadas para desarticular o tráfico nas favelas cariocas, com apoio de tecnologia e inteligência policial.

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