O aumento autorizado
A Arsesp definiu que as tarifas da Sabesp terão reajuste de 6,11% a partir de 1º de janeiro de 2026. O aumento corresponde à correção da inflação acumulada entre junho de 2024 e outubro de 2025, medida pelo IPCA.
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Para residências com consumo entre 11 m³ e 20 m³, o valor por mil litros passará de R$ 6,01 para R$ 6,40.
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O reajuste médio informado pela Sabesp é de 6,5%, refletindo ajustes técnicos na chamada “tarifa de equilíbrio”.
Privatização e efeito no reajuste
Este é o primeiro aumento tarifário desde a privatização da Sabesp. Segundo a Arsesp, o percentual aplicado ficou 15% abaixo do que seria caso a companhia ainda fosse estatal.
Isso ocorre porque o contrato de privatização estabeleceu novos parâmetros de cálculo, que reduzem a pressão sobre os reajustes. O governo estadual afirma que não há aumento real, apenas recomposição inflacionária.
Repercussões para os consumidores
O reajuste traz alguns pontos relevantes:
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Impacto direto nas contas de água e esgoto em todas as cidades atendidas pela Sabesp.
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Alívio relativo: embora haja aumento, o percentual é menor do que seria sem a privatização.
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Previsibilidade: os reajustes passam a seguir regras contratuais mais claras, vinculadas à inflação.
Debate público
A decisão reacende o debate sobre os efeitos da privatização:
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Defensores afirmam que a redução de 15% no reajuste comprova benefícios da gestão privada.
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Críticos questionam se, a longo prazo, os consumidores realmente terão tarifas mais baixas ou se os ganhos serão absorvidos pelos acionistas.
O reajuste de 6,11% nas tarifas da Sabesp marca um momento simbólico: é o primeiro aumento após a privatização e já mostra diferenças em relação ao modelo estatal. Embora o impacto imediato seja moderado, o episódio reforça a necessidade de acompanhar de perto como a nova estrutura de gestão influenciará os preços e a qualidade dos serviços nos próximos anos.
