No último domingo (3), Roma se tornou palco de um dos maiores eventos religiosos da década: o encerramento do Jubileu dos Jovens, celebrado com uma missa campal presidida pelo Papa Leão XIV diante de mais de 1 milhão de fiéis. A cerimônia, marcada por emoção, espiritualidade e apelos por justiça, consolidou o pontificado do líder da Igreja Católica como uma voz ativa pela paz global.
Um apelo universal por fraternidade
Durante sua homilia, o Papa fez um discurso contundente contra os horrores da guerra, dirigindo-se especialmente aos jovens de Gaza e da Ucrânia, regiões devastadas por conflitos armados. “Estamos com os jovens de todas as terras ensanguentadas pela guerra”, declarou, reforçando que o diálogo deve substituir as armas como instrumento de resolução de conflitos.
O pontífice também destacou o papel da juventude como sinal de esperança e transformação: “Vocês são o sinal de que um mundo diferente é possível — um mundo de fraternidade e amizade”.
Fé, entusiasmo e compromisso
Além do apelo pela paz, Leão XIV incentivou os jovens a aspirarem à santidade e a não se conformarem com a mediocridade. “Continuem caminhando com alegria, seguindo os passos do Salvador e contagiem com o seu entusiasmo e o testemunho da sua fé todos aqueles que encontrarem”, disse, em um chamado à ação espiritual e social.
Um evento histórico
O Jubileu dos Jovens reuniu peregrinos de mais de 150 países e foi descrito pela imprensa italiana como uma espécie de “Woodstock católica”, pela energia vibrante e clima festivo que tomou conta de Roma. A missa foi celebrada em uma esplanada na periferia da cidade, com a participação de 450 bispos e cerca de 700 padres, além de milhares de voluntários e agentes de segurança.
Próximos passos
Ao final da celebração, o Papa anunciou que a próxima Jornada Mundial da Juventude será realizada em Seul, Coreia do Sul, entre os dias 3 e 8 de agosto de 2027, com o tema “Tende coragem, Eu venci o mundo”.